25/05/2020

Crise: Como a economia pode impactar na educação


Com a declaração de pandemia pela OMS muitas escolas fecharam suas portas, o que afetou milhares de estudantes e professores. Todos tiveram de se adaptar aos desafios do ensino à distância. Entretanto, como dar continuidade a educação com tantas dificuldades, inclusive financeiras?

Durante a quarentena cerca de 68 % das famílias estão enfrentando redução da renda. Com isso, além dos impactos na saúde mental e qualidade de vida de modo geral, enfrentam os impactos na educação. Muitos pais têm como prioridade o investimento na escolarização dos filhos. Porém, com a queda da renda familiar, talvez isso não seja possível. No Paraná, por exemplo, sete mil estudantes deixaram as escolas particulares para tentar uma vaga na rede pública.

Alguns pais argumentam que, com a diminuição de custos no espaço físico na ausência de alunos, o ideal seria o desconto nas mensalidades. As escolas, então, contra argumentam que os custos não diminuíram, uma vez que o pagamento dos professores e demais funcionários permaneceram. Inclui, também, as horas extras de trabalho dos educadores para oferecer o ensino virtual e as despesas de investimento em uma estrutura completamente nova e a redução das mensalidades acarretaria em demissões.

Torna-se ainda mais preocupante a situação da educação quando pensamos a longo prazo, visto que as instituições públicas de ensino já possuem, normalmente, baixa qualidade. Outros  questionamentos surgem: as escolas públicas estão preparadas para receber uma demanda maior de alunos?  Será que o ensino à distância para crianças é tão eficaz quanto o presencial? Com uma redução, ainda maior, no acesso à educação de qualidade, que futuro profissionais formaremos?

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